Saudade do tempo que eu escutava o granizo sobe meu telhado
saudade do tempo que eu olhava as pessoas sem ter medo de
ser olhado
cresci sobre a segurança da minha mãe
onde seu a braço curava até a dor mais forte
não me preocupei quando disse “não sentirei sua falta”
estava errado, pois eu acreditava apenas na sorte
subi no vagão com a mochila nas costas
com os fones e a música lá no alto
viajando olhando os campos
me perco sobe minha imaginação, já sinto falta
cai chuva, cai sobe o asfalto
faça a imagem da saudade sobe aquela poça
corro as escadas alguém bateu na porta
era o moço das mensagens, é lá de casa
o bastante para eu esquentar a água
noticias boas chegando e tomando meu belo chimarrão, eu
adoro
mas eu choro
ao ver fotos de como lá era bonito
de sair nas mesmas fotos ao domingo
de gritar lá de longe ‘’já to indo’’
deitar sobre o edredom, e não se tapar
deixar o frio me fazer lembrar
eo sonho vai dizer por si só
que as coisas pequenas lá sim tem o seu valor
pois aqui as grandes se perdem pelas estradas
só faz de mim uma dor
pois as escolhas erradas não faz de mim melhor
só me fazem cada vez mais da valor
e hoje eu aprendi
que lá sobe meu jardim de sonhos
eu apenas queria que ficasse no sonho
pois sobe a realidade o sonho não viro realidade
viro apenas saudade
Saudade de casa.
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