sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Poema que fiz: Não deixe o tempo passar.

A viagem vai ser longa
o destino eu não sei
talvez longe dessa cidade cheia de magoas
o mal exemplo está aonde há cura mas nada é feito
simplesmente torci para você ficar inteiro
mas o frio chegou
e com algumas pessoas surgiu novas amizades
que te fizeram esquecer
esquecer de quase tudo, as vezes até quem você era
o relógio não parou, mas você pensou que sim
contou as moedas, mas não podia mais fugir
os passos deram direção ao parque aonde você ainda tenha escolhas
 onde a mesma garota ainda lê seu belo livro
respiro fundo atrás da árvore
para escrever tudo no papel o que sentia
começou a relampejar e os sentimentos começaram a cair
 e ela correu para se salvar
e você apenas sorriu e pensou
outra vez irei lamentar
comprou rosas para presentear
não gastou muito com a gasolina
nunca precisou roubar algo que não era seu
mas pensou duas vezes em querer ter a força
o coração de quem não o pertencia
foi quando ela começou a notar
sentado no barzinho tomando um café na esquina
ela já sabia para onde olhar
foi quando o esforço começou a valer o suor no rosto
o coração não irá mais chorar
a confiança não vai mais desconfiar
esse era meu pensamento deitado olhando para o ventilador
e ela lá estava se divertindo correndo atrás do seu cachorro
me desculpe, mas é tão difícil falar o que sinto
quero botar fogo em tudo
para que todo esse medo desapareça
foi quando o sinal da escola tocou
e ela saiu da sala sorrindo mais uma vez
a chance de ser feliz apareceu sem avisa
e era minha vez de correr para não me atrasar
o coração saiu batendo sem parar
as palavras não vieram
apenas chegou a vontade de beijar
quando vi outro de mãos dadas com ela
poderia ser eu
mas o tempo passou....
Nada é tão fácil, se é fácil não vale a pena
hoje ela sabe o quanto eu gosto dela
mas também sabe que coragem é tudo para ser feliz


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Poema que fiz: Catador de sonhos



A noite tomou conta da cidade
observo que você ainda não saiu de casa
está com medo do frio?
pois não tenha, deixe sua mente ter a liberdade
pessoas fazem o mal o tempo todo, as vezes toda hora
ouço gritos
dobrei a esquina,  era apenas meus amigos
ou que ainda restou da minha mente vazia
posso decidir por mim mesmo seu policial
as crianças brincam no parquinho
nem cheguei perto delas
um moço com uma farda disse que era proibida a entrada
mas achei estranho pois nem ao menos tenha placa
amanheceu e vi as folhas sobre o vento
contei as horas, os dias
esperando que você voltasse
então eu caminhei mais uma vez
já vi muitas pessoas chorando escoradas naquelas casas de curas
atrás de alguns milagres
fui até lá querendo costura algo
uma pessoa de branco venho até mim
pensei que era um anjo
disse aqui não costuramos sentimentos
peguei minhas coisas e fui embora
o táxi nem parou
talvez o meu terno estivesse sujo
sentei pra comer algo de ontem
deixei o pão cair sobre o chão
corri em direção
aonde fazia mais calor
sem precisar deitar no chão eu arrumei o cabelo
fui e levantei alguém do chão
pois ele já tenha perdido muito por ter um passado
chorei logo em seguida
e falei pra mim mesmo
*pra mim já tenha acabado*
voltei pra casa e abracei minha família
estavam a procura já por três dias
eu apenas disse
*Fui ver como era ser um catador de sonhos*
não me arrependi, só me afundei mais ainda
pois vivemos em tempos de diferença
aonde pessoas são esquecidas, abandonadas
por apenas não ter  chances, não terem uma família.