sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Poema que fiz: Catador de sonhos



A noite tomou conta da cidade
observo que você ainda não saiu de casa
está com medo do frio?
pois não tenha, deixe sua mente ter a liberdade
pessoas fazem o mal o tempo todo, as vezes toda hora
ouço gritos
dobrei a esquina,  era apenas meus amigos
ou que ainda restou da minha mente vazia
posso decidir por mim mesmo seu policial
as crianças brincam no parquinho
nem cheguei perto delas
um moço com uma farda disse que era proibida a entrada
mas achei estranho pois nem ao menos tenha placa
amanheceu e vi as folhas sobre o vento
contei as horas, os dias
esperando que você voltasse
então eu caminhei mais uma vez
já vi muitas pessoas chorando escoradas naquelas casas de curas
atrás de alguns milagres
fui até lá querendo costura algo
uma pessoa de branco venho até mim
pensei que era um anjo
disse aqui não costuramos sentimentos
peguei minhas coisas e fui embora
o táxi nem parou
talvez o meu terno estivesse sujo
sentei pra comer algo de ontem
deixei o pão cair sobre o chão
corri em direção
aonde fazia mais calor
sem precisar deitar no chão eu arrumei o cabelo
fui e levantei alguém do chão
pois ele já tenha perdido muito por ter um passado
chorei logo em seguida
e falei pra mim mesmo
*pra mim já tenha acabado*
voltei pra casa e abracei minha família
estavam a procura já por três dias
eu apenas disse
*Fui ver como era ser um catador de sonhos*
não me arrependi, só me afundei mais ainda
pois vivemos em tempos de diferença
aonde pessoas são esquecidas, abandonadas
por apenas não ter  chances, não terem uma família.

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