sábado, 10 de março de 2018

Poema que fiz- Descalço.

De pés descalços eu olho para o céu.
Ele está sem nuvens hoje.
Nenhuma sombra se formara sobre a terra por onde eu fico.
Há rachaduras em minhas memórias e também no meu caminho.
O trem passou.
Com ele muitas histórias, sorrisos.
Por favor, fé, deixe as pedras ponte agudas no fundo do mar.
Eu pensei que tenha pisado em alguma poça de tinta vermelha por aí.
A certeza de quem não era tinta, foi quando senti dor.
A banca de revista já esta aberta, informações passam de mãos em mãos.
Até chegar ao chão, a informação poderá voar, se eu não correr rápido, o vento a lavará.
Segundos é valioso, preciso me apressar.
Eu aprendi a ler com um grande ancião, não apenas de tamanho, também de coração.
Ele me dizia, que mesmo com tão pouco, mesmo quando as pessoas tentarem te manipular.
Era pra eu me manter em pé, mesmo que eu estivesse sangrando.
A inveja não poderia tomar conta de minha alma, e nem de outras.
A corrupção se tornaria informações sobre um papel, e o ancião estava certo.
E antes que ela voe para mãos de uma alma pura.
Eu corro, corro, corro, corro, corro mais do que meus pés possam suportar.
Vai chegar um dia que estarei descalço, olhando para um céu sem nuvens.
Perguntando-me, até quando, eu vou ter que queimar esses papéis feitos pelo homem.
O meu medo nunca foi ficar descansos, sem ter um chão fofo pra pisar.
O meu medo é a inteligência do homem ser forçada em criar um novo mundo.
Onde a informação enganosa não esteja apenas em papeis, e sim, torne a ficar em nossos corações.

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